segunda-feira, 21 de março de 2011

Dia do pai

Ainda não tinha expresso algo pessoal...
Publiquei um texto que tinha gostado e ponderei contar aos poucos que me visitam qualquer coisa de meu.
O meu pai foi um pouco ausente. Não me lembro de brincadeiras que ele tivesse comigo ou com os meus irmãos, de uma sessão de anedotas ou de um concurso de comer amendoins. Lembro-me mais rapidamente da chamada de atenção para obedecer à mãe e da voz imperativa do ir estudar ou ir para o quarto. No entanto, agora, crescida, reconheço o carinho contido e a voz reveladora do sentir. Talvez ele não tenha aprendido a mostrar as emoções, não tenha aprendido o poder de um abraço ou de uma palavra encorajadora. Cabe a mim, aos meus manos, mostrar-lhe que não é só com disciplina que existe amor.
Telefonei-lhe no domingo.
- Olá papi, como foi o dia de ontem? Descansou?
- Olá filha. Olha, foi um dia como outro qualquer. Mas está tudo bem. Estás a trabalhar não é?
- Sim pai. Hoje foi importante vir. No próximo fim de semana já vos visito.
- Sim, não te preocupes. Bom trabalho então. Beijo.
- Beijinho paaaiiiii.
Foi uma boa conversa - considerando que o meu pai não é fã de enriquecer as empresas de telecomunicações, nem de se alongar em diálogos.

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